O Palácio das Águias tem origem numa edificação simples do século XIX. Seus primeiros proprietários foram Alfredo e Manoel Duarte. Provavelmente serviu como pouso de tropeiros nessa época.
Em 1903, foi adquirido pelo negociante português Simão Rodrigues Soares. Remodelado, o edifício se tornou uma luxuosa residência, chamada de Palácio das Águias por conta de duas esculturas colocadas no telhado, em homenagem aos filhos homens de Soares.
Além das águias, a casa recebeu fachadas em estilo eclético, e dois leões ladeando a escadaria na parte frontal. Até a década de 20 do século passado, o Palácio das Águias se destacava como uma magnífica edificação, palco de históricos encontros políticos durante a Primeira República.
A construção de um só pavimento sobre porão alto, tem suas quatro fachadas dispostas de forma a serem bem visíveis. Sua planta, em formato de "L", tem divisão interna tradicional para as moradias da época: parte social na frente, íntima no centro e de vivência nos fundos, com um corredor central que dá acesso a todos os cômodos. Originalmente em alvenaria de barro, suas paredes foram construídas diretamente sobre as rochas. O piso e o forro são de madeira, exceto no anexo de serviço (cozinha, banheiros e lavanderia), onde o piso é de ladrilho hidráulico.
O telhado representa, talvez, o único vestígio do edifício colonial original do século XIX. Possui estrutura em quatro águas e é coberto com telhas de barro tipo marselha e enquadramento em madeira.
Vista áerea parede lateral do trapiche ao fundo o palácio reconstruido e o rio Itapemirim porta de entrada do desenvolvimento economico da região
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o trapiche desativado |
Atualmente |
Como patrimônio cultural do Espírito Santo, o conjunto arquitetônico formado pelo Palácio das Águias e pelo Trapiche passou por processo de tombamento, registrado na Resolução n° 01/1998, do Conselho Estadual de Cultura.
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